Há 161 anos, em 28 de novembro de 1861, morreu o médico e escritor Manuel Antônio de Almeida. Foi redator do jornal Correio Mercantil. Neste jornal, publicou nas páginas dos folhetins sua única obra em prosa de fôlego, a novela "Memórias de um Sargento de Milícias".
Recentemente, resolvi maratonar os filmes do excelente roteirista e diretor, Woody Allen. Dentre os filmes que assisti, gostei muito deste "Tudo Pode Dar Certo". Vamos comentar um pouco sobre o filme. Boris Yellnikoff (Larry David) se trata de um idoso mal humorado que possui o costume de ofender seus estudantes de xadrez. Tendo lecionado na Universidade de Columbia, o velho acredita ser somente ele apto a entender a pequenez dos anseios humanos e o caos do universo. Certa vez, ao entrar em sua casa, Boris é chamado por Melodie St. Ann Celestine (Evan Rachel Wood), que lhe pede veementemente para entrar. O idoso atende à solicitação. Notando sua fragilidade, Boris autoriza que a jovem permaneça em sua casa por certo tempo. A moça se acomoda e, com o decorrer do tempo, não parece querer deixar o apartamento. Até que se mostra interessada no velho mal humorado. Um filme cômico, com grandes sacadas, o protagonista dialoga com a plateia do cinema e, como os bons filmes de Woody Allen, sofre de neuroses e hipocondria. Recomendo!
O filme, mais que é um filme de quadrinhos (aliás, apenas incidentalmente é um filme baseado em um personagem de história em quadrinhos), é um filme de estudo sobre doença mental, principalmente no contexto de shooters, homens solitários, que sentem alienados pela sociedade de consumo, não arranjam bons empregos, relações afetivas e uma hora explodem com a sociedade que consideram injusta consigo...
Por isso, para muitos críticos está sendo considerado um filme perigoso...
Acabo de assistir O Irlandês (The Irishman) do Martin Scorsese. É um bom filme, com atuações bastante sólidas, com atores no topo de suas carreiras (o que é bastante incrível, pois os atores principais naquele filme têm na casa dos seus setenta e tantos anos!)
Não é o melhor filme, ou o melhor filme de máfia, do Scorsese (nesse sentido, prefiro mais Mean Streets, Os Bons Companheiros, The Departed, e, principalmente, Cassino - adoro Cassino! Adoro a Sharon Stone, em Cassino!), mas é um bom filme, ainda que não excepcional.
O grandioso filme No Ritmo do Coração narra a estória de uma família de surdos que, para sobreviver, trabalha com pesca em Gloucester, nos Estados Unidos. Ruby (Emilia Jones), em grande atuação, inclusive, com majestosa voz, é o único membro da família que ouve. Assim, auxilia os pais e o irmão surdos com o trabalho cotidiano.
Porém, a personagem, por causa disto, no colégio, é ridicularizada pelos colegas, sofrendo bullying. Tal fato ocorre até o momento em que a jovem começa a participar do coral. Neste ambiente, se aproxima de um de seus amigos, num belo romance juvenil, e passa a fazer amigos.
O tempo passa e a garota descobre um enorme amor pelo canto. Seu tutor, Bernardo Villalobos (Eugenio Derbez) a incentiva a ingressar numa faculdade de música. Simultaneamente, seus pais e irmão brigam para quitar as contas com o trabalho de pesca, já que há empecilhos fiscais determinados pelo conselho local.
Desse modo, auxiliada por seu mestre, Rudy pratica o canto para ingressar na faculdade de Berklee, lugar em que será possível avançar com sua paixão. Porém, a talentosa jovem deve escolher entre permanecer auxiliando sua família ou buscar seus sonhos.
Um filme excelente! Realmente, muito sensível e com um humor peculiar. Um enredo bem construído e bem dirigido. Vale a pena assistir! Recomendo!
Oscar Prêmios
Melhor Filme (2022)
Melhor Ator Coadjuvante (2022)
Melhor Roteiro Adaptado (2022)
Ficha Técnica:
23 de setembro de 2021 no cinema/ 1h 51min / Comédia - Drama.
Existem algumas perguntas, coisas básicas, que todo autor deve se fazer antes de publicar um livro. Aqui vou tratar de uma delas, talvez a mais urgente, e você deve fazer de preferência antes mesmo de começar a escrever o livro. A pergunta parece simples, mas não é especialmente para os que estão começando.
Qual é o foco de seu livro, ou seja, para que público sua obra se dirige?
Se você não encontrar resposta clara para essa pergunta, certamente terá dificuldade com a recepção de sua obra.
É comum encontrarmos autores com o livro que acabaram de publicar sem saber o que vão fazer com ele, porque esgotaram rapidamente suas chances de interlocução, de pessoas interessadas no que ele escreveu.
Se você mandou o livro para editoras e não teve resposta positiva, certamente uma das razões é essa, eles não viram o público alvo de seu livro. Mesmo assim você resolve publicar e faz sua produção independente, procura uma editora e paga a publicação.
Depois, com o livro nas mãos, você procura respostas para a não aceitação de sua obra fora do ciclo familiar e amigos próximos, mas não encontra, porque as perguntas que você permanece fazendo são as de sempre:
Por que não compram meu livro? Por que o leitor não comparece?
Se você não fez a pergunta certa antes é possível fazer no decorrer da escrita. Mas depois do livro impresso o que você poderá fazer? Será que ainda é possível? Em alguns casos talvez sim.
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A questão do público alvo é uma das que tratamos em nossa mentoria, por que ela é esquecida praticamente por quase todos os autores iniciantes.