segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Poema - Araponga | Gonçalo Macedo

 I

Em plena Avenida Paulista,

Algo nos chama atenção,

Não é o trânsito intenso

Ou o latido de um cão.

Mas sim o canto da araponga

Que parece tremer o chão.

II

Um canto diferente,

Soa em nosso jardim,

Parece ferro com ferro,

Barulho que não tem fim,

Está atraindo os alunos,

Professores e o vizim.

III

Araponga em extinção,

Aqui pra nós é novidade.

Trocou seu habitar,

Pelo centro da cidade,

Acorda cedo cantando,

E vai nos contagiando

Com tanta felicidade.

IV

Araponga eu me despeço,

Com o barulho nos ouvidos,

Meu coração em pedaços,

Como se algo tivesse perdido,

Eu mesmo estando dormindo

Estarei ouvindo o teu zumbido.


Gonçalo Macedo

São Paulo, 18-08-2022

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Boa leitura!

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