terça-feira, 11 de março de 2025

Oscar 2025: Ainda Estou Aqui e Anora

 Por Nicholas Maciel Merlone

Publicado originalmente no Jornal O DIA SP (veja aqui).

Assisti recentemente a dois filmes ganhadores do Oscar deste ano de 2025: Ainda Estou Aqui e Anora. Neste espaço, traço algumas breves observações, impressões e reflexões sobre os dois. Além disso, aproveito para informar que, a partir de agora, nossa coluna terá periodicidade quinzenal.


Ainda Estou Aqui, filme brazuca na veia, dirigido por Walter Salles, com roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega, é uma adaptação da obra de caráter autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva. O enredo conta a história de sua mãe, Eunice Paiva, no decorrer do regime militar no Brasil. A trama ocorre nos idos de 1970. A narrativa constata de que maneira a vida de uma mulher casada com um eminente político (representado por Selton Mello) se transforma depois da captura dele pelo governo militar. Eunice, representada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, se torna uma defensora dos direitos humanos. Luta, assim, pela verdade sobre o desaparecimento do esposo. E ainda se torna uma ativista dos direitos indígenas, tornando-se referência mundial no assunto. O roteiro abrange não só o drama de Eunice, como também o choque do período militar na vida de diversas famílias brasileiras. Ressalta, portanto, a função das mulheres na resistência. O filme também trata de assuntos de perda e coragem. A trama consiste em uma homenagem à luta de Eunice Paiva.


Já o outro filme, escrito e dirigido por Sean Baker, temos a moça Anora (Mikey Madison), uma profissional do sexo das imediações do Brooklyn, nos EUA. Certa noite, Anora crê ter tirado a sorte grande ao conhecer o filho de um oligarca russo, o herdeiro Ivan (Mark Eidelshtein), que se encantou com o fato de a garota falar o seu idioma natal. Os dois se divertem e brincam muito juntos, acabando se casando por impulso em Nevada, no Texas. Logo a novidade se esparrama pela Rússia e logo os pais de Ivan tomam a dianteira, viajando da sua pátria até a América, reprovando por inteiro a união.


O filme brasileiro é muito sensível e profundo e retrata um momento da nossa história, que não pode ser esquecido. A atuação de Fernanda Torres é marcante e emblemática. Por outro lado, Anora é recheada de clichês, que embora arranquem risos, não aborda com profundidade o triste e real mundo das trabalhadoras do sexo. Pelo contrário, torna hilária uma situação séria, desmerecendo o papel das mulheres. Quanto à atuação de Mikey Madison, realmente, foi bem representada. Méritos para a jovem atriz. Porém, de fato, não se compara à envergadura artística de Fernanda Torres, que soube captar as nuances da personagem protagonista e representá-la com densidade e sensibilidade. Embora o nosso filme tenha ganhado o Oscar de melhor filme internacional, creio sinceramente que o Oscar de melhor atriz, com justiça, deveria ter sido entregue a Fernanda Torres. Porém, os dois filmes merecem ser assistidos, com muita pipoca e guaraná!

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

BBC | 'The truth is she did the right thing': The mystery of why Jane Austen's letters were destroyed – by her own sister

"A verdade é que ela fez a coisa certa": O mistério de por que as cartas de Jane Austen foram destruídas - por sua própria irmã.

O artigo da BBC discute o mistério em torno da destruição das cartas de Jane Austen por sua irmã, Cassandra Austen. Após a morte de Jane em 1817, Cassandra decidiu queimar a maioria das cartas da escritora. A decisão gerou especulações sobre os motivos por trás desse ato, que podem incluir a proteção da privacidade de Jane, o desejo de preservar sua imagem pública ou mesmo a preocupação com o conteúdo íntimo das cartas. O artigo também explora como esse ato de destruição afetou a compreensão da vida e obra de Jane Austen, uma vez que suas cartas poderiam ter fornecido uma visão mais aprofundada sobre sua personalidade e o contexto de seus romances. O mistério e a controvérsia continuam a fascinar estudiosos e fãs da autora. (Por Inner AI)

Alamy

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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Nicholas M. Merlone | Chove chuva...

Chove chuva...
Chove sem parar!
Já cantava o poeta!
Faz calor...
Faz calor sem parar!
Sem camisa... Sem documento...
Escrevo estes versos
Versos quentes e úmidos
Que se perdem pelo ar!
Que se fundem no papel!
Letras derramadas da caneta
No papel, na folha em branco,
Formando, combinando palavras
E versos jorrados!
Enquanto isso...
Masco um Babalú de Tutifruti rosa...
Depois de comer o último Bis da caixinha!
Ou pasme!
Seria eu mesmo o último Bis...!?
Saboreado pela moça loira
De pele clara... Advogata!
Que também masca o Babalú...
Nesta frenética e incessante
Dança e troca de cadeiras...
O que tiver que ser... será!

Nicholas M. Merlone
sp. 03/02/2025

Nicholas M. Merlone | Fevereiro de 2025! O tempo voa...


Sábado à tarde
Céu cinzento
Leve brisa
Leve garoa
Folhas verdes das árvores dançam...
Dançam um samba
Ou seria um Tango?
Na igreja...
Missas de sétimo dia
Logo após... um casamento
Conheço a família do falecido
Que se despede...
Parte na balsa para outro plano
Termina o sofrimento
Começa uma nova vida
Surpresa! Conheço alguns do casamento
No casamento...
Também começa uma nova vida...
Ciclos! Círculos!
Círculos! Ciclos!
E assim... caminhos!
Assim... caminha-se em ciclos sem fim!

Nicholas M. Merlone
sp. 03 fev / 2025.

domingo, 26 de janeiro de 2025

Oscar 2025 | Lista completa de indicados com Ainda Estou Aqui

 


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G1 | Após indicação ao Oscar, Marcelo Rubens Paiva diz que 'o mundo nunca precisou tanto de uma Eunice Paiva e uma Fernanda Torres'

 


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Apresentado ao vivo uma única vez e sem recepção calorosa do público, álbum de John Coltrane virou referência na música e arrebatou os fãs na vitrola

Capa do álbum de John Coltrane:
 tempo fez justiça à qualidade —
Foto: Reprodução

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